sábado, 9 de maio de 2009

Pintura e Revolução



Refletindo sobre os 400 anos da astronomia, que comemoramos em 2009, resolvi levantar uma discussão e reflexão de como as percepções e produções artísticas podem ser um intrumento muito importante para expor e representar ideias. Com certeza o personagem central de toda esta história é Galileu Galilei, grande cientísta que revolucionou tanto a maneira de fazer ciência e a maneira de ver o céu.
Se lembrar a história, a concepção de Aristóteles previa que a Lua era um corpo celeste perfeito, ideia esta adotada ferroneamente pela Igreja Católica e defendida durante toda idade das trevas.
Com os estudos de Galileu e seu melhoramento do telescópio, Galileu foi capaz de perceber nuances e texturas na Lua que antes nenhum ser humano jamais tinhas visto, o que não tirou sua beleza, pelo contrário a tornou mais bela e intrigante exatamente aos 400 anos atrás em 1609.


Desenho da Lua por Galileu



Porém o mais interesante desta história (ao meu ver) para nós futuros profs de Artes é que todo este registro de sua visão Galileu não fez escrito mas sim em aquarelas! deste modo a ciência se utilizou da arte para dar voz a sua mente e Galileu surpreendeu dando mostras de possuia uma veia artística por: 1) ter percepções de profundidade e textura em seu olhar para a Lua, coisa que só a visão através do telescópio não garantia; 2) representar bonissimamente aquilo recente, novo e intrigante que havia visto.


Aquarelas pintadas por Galileu



Portanto pessoal a grande conclusão que chego é que para ser um um gênio como Galileu e revolucionar a humanidade, não basta ser um exelente cientista é preciso também ter a alma de artista!


Comentem!!!!

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Museu Calouste Gulbenkian e Museu de Arte Brasileira-MAB



Ao pensar em um conceito para museu de artes, ICOM- International Council of Museunms diz que é: “uma instituição permanente, sem fins lucrativos, aberta ao público, que adquire, conserva, pesquisa e expõe objetos de caráter cultural e científico, para fins de estudo e entretenimento”, já Rosa (2006) escreve que é “um conjunto das obras de um período ou espaço, resultantes da capacidade que o ser humano tem de criar, interagir e expressar o mundo transformando-o em linguagens significativas” e Bourdieu “pondera que os museus abrigam tesouros artísticos que se encontram, ao mesmo tempo, abertos a todos e interditados à maioria das pessoas”.
Com esses conceitos, busco neste trabalho a conhecer, a mostrar e comparar dois grandes museus de artes: Museu Calouste Gulbenkian, situado em Lisboa – Portugal e Museu de Arte Brasileira – MAB, situado em São Paulo- Brasil, sendo o primeiro guarda obras adquiridas por um homem colecionador, que “recolhia objetos exóticos, pinturas, esculturas, recordações de viagens, e os exibia em sua casa”(Rosa, 2006, p.55), e o segundo de um homem que em seu testamento já deixava expresso seu desejo de criação de um museu.
O museu habita o imaginário popular como um lugar cheio de raridades, mistérios e obras de arte dos quais a comunidade pensa estar longe de conhecer um dia. Um lugar para intelectuais, doutores e ricos curiosos, pessoas de cultura(culta), onde o povo não entende quase nada e não saberia explicar as peças antigas que enfeitam paredes e salas. A cultura não é um privilégio natural, mas é necessária, e bastaria que todos possuíssem os meios para dela tomarem posse, para que pertencesse a todos (Bourdieu, 2007). No Brasil, o museu ainda é visto como algo inacessível e sem necessidade na formação da cidadania e da identidade brasileira. Porém, encontramos na Internet os esforços dos museus de se colocarem virtualmente e atenderem essa nova modalidade de acesso aos acervos de peças e documentos, deixando assim de ser um mimo apenas para pessoas “cultas”.
Os museus Calouste Gulbenkian e a MAB também aderem a essa geração virtual, colocando suas obras à disposição de todos, em sites criados na Internet com navegação facilitada por divisão de temas, aproximando-se do museu verdadeiro. Ao acessar o site do Museu Calouste Gulbenkian, percebe-se que esse é de característica histórica, orientado por uma sistematização cronológica e geográfica que determinou, dentro de um percurso geral, dois circuitos independentes. O primeiro circuito é dedicado à Arte Oriental e Clássica e evolui através das galerias da Arte Egípcia, Greco-Romana, Mesopotâmica, do Oriente Islâmico, Armênia e do Extremo-Oriente. O segundo percurso é dedicado à Arte Européia, com núcleos dedicados à Arte do Livro, à Escultura, Pintura e Artes Decorativas - esta última com especial destaque para a arte francesa do século XVIII e para a obra de René Lalique. Já o MAB, um museu de arte, é dividido por tipos de obras: pinturas, esculturas e exposições temporárias. E m algumas paredes e teto possui alguns vitrais como obra. Ambos dos museus foram construídas depois da morte de seus idealizadores, mantendo a fidelidade de seus sonhos, projetos e testamento.
Como escreve Pierre Francastel, é surpreendente o número de homens inteligentes que não veem as formas, nem as cores – enquanto outros, poucos cultos, têm uma visão perfeita. Gulbenkian e Penteado estão nestes pouco homens que veem além das formas, cores, possuem amor pela arte, uma paixão ilimitada que conseguem transmitir através dos museus. Conseguem, num emaranhados de obras, de artistas e classes diferentes, transformar o “museu em um espaço onde o visitante sonolento é intimidado a reagir em contato com as sublimes”, num imã turístico despertando a curiosidade histórica e artística. Gulbenkian projetou um museu que “tem o privilégio de falar a linguagem de época, a linguagem da imagem, linguagem inteligível para todos e a mesma em todos os países”.
Quem quiser conhecer um pouco mais sobre os museus pode acessar os sites abaixo:
http://www.faap.br/museu/museu.htm#
http://www.museu.gulbenkian.pt/museu.asp?lang=pt


Referência:
BOURDIEU,Pierre. A Distinção: crítica social do julgamento, Porto Alegre, Editora Zouk, 2007


BOURDIEU,Pierre. O Amor Pela Arte: museus de arte na europa e seu público, Porto Alegre, Editora Zouk, 2003


ROSA,N. S. S; SCALÉA,N.S.Arte-educação para professores: teorias e práticas na vsitação escolar, Rio de Janeiro: Pinakotheke,2006.


CARVALHO,Vilmar. Museu, História e Educação. Disponível em: Acesso em: 9 abr. 2009


Fundação Calouste Gulbenkian. Disponível em: Acesso em: 9 abr. 2009


Museu Calouste Gulbenkian. Disponível em: Acesso em 29 mar. 2009


Wikipédia: Calouste Gulbenkian. Disponível em: Acesso em 20 abr. 2009


Museu de Arte Brasileira. Disponível em: Acesso em 29 mar. 2009


Wikipédia: Armando Alvares Penteado. Disponível em: Acesso em 20 abr. 2009


Fundação Armando Alvares Penteado. Disponível em: Acesso em: 9 abr. 2009

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Histórico do MAC-PR, a biografia e algumas das obras do Portinari

Para que esta devida pesquisa seja feita de uma forma mais extensa possível, a única ferramenta no momento é a Internet, que tem um imenso número de resultados mais abrangentes, contendo a maioria das informações possíveis.

O MAC foi criado por decreto oficial de 11 de março de 1970, tendo como meta estabelecer o diálogo e estreitar os laços entre a sociedade e o seu patrimônio artístico, através de um programa de ação que privilegie o debate, o questionamento e a reflexão.

O museu foi oficialmente aberto ao público em março de 1971, em espaço provisório, na rua 24 de Maio. Em sua sede atual, encontra-se desde 27 de junho de 1974. O prédio, construído em 1928 para abrigar o Departamento de Saúde Pública, foi especialmente reformado para receber o museu. Em 1978 foi tombado pelo Patrimônio Histórico e Artístico do Estado do Paraná.

Seu primeiro diretor foi o artista plástico Fernando Velloso, então Chefe da Divisão de Planejamento e Promoções Culturais do Departamento de Cultura do Estado e membro da primeira diretoria da AMAB – Associação dos Museus de Arte do Brasil.

Em seu período inicial o MAC/PR recebeu grande influência da atuação de Walter Zanini, diretor do MAC/USP, que apresentava uma proposta de museu como espaço de discussão de tendências e de apoio às manifestações de artistas jovens. Velloso imprimiu um estilo de atuação em concordância com as tendências museológicas mais atualizadas.

Depois de Fernando Pernetta Velloso (1970-1983), o MAC/PR foi dirigido por Mariza Bertoli (1983-1984), Elizabeth Bastos Dias Titton (1984-1987), Adalice Maria de Araújo (1987-1988), Maria Cecília Araújo de Noronha (1988-1991 / 1995-1998), Nadyegge Boldrin de Almeida (1991-1992), Maria Amélia Junginger (1992-1994), João Henrique do Amaral (1998-2002), Vicente Jair Mendes (2003-2005), Eleonora Gutierrez (2005-2007) e Alfi Vivern (2007-2010).

A atuação do MAC/PR está tradicionalmente voltada para a educação. O Setor de Ação Educativa coordena projetos para o público visitante e mobiliza instituições e a comunidade para propostas de ação conjunta. O setor é também responsável pela organização de cursos, palestras, encontros, oficinas e outras atividades.

O Setor de Pesquisa e Documentação constitui-se, em termos de organização, quantidade e qualidade de dados, no espaço local mais adequado para a pesquisa em artes visuais.

O MAC faz a divulgação do seu acervo por meio de mostras temáticas periódicas. Realiza também diversos panoramas de arte, com exposições temporárias, individuais e coletivas.

O Salão Paranaense, evento tradicional instituído oficialmente em 1944, é promovido pelo MAC desde 1970, proporcionando uma importante revisão e reflexão sobre a arte brasileira contemporânea.


Título: Um Rei

Autor: Guima

Cidade: Taubaté – SP

Ano: 1976,

Guache e nanquim sobre papel,

Dimensão: 50 x 70 cm,

Participação 34º Salão Paranaense, 1977




Título: ...e então eles se esconderam

Autor: Cléverson Luiz Salvaro

Cidade: Curitiba – PR

Ano: 2001

Bonecos de plástico

Dimensões variáveis

Prêmio: 58º Salão Paranaense




Título: Mapa

Autora: Carla Vendrami

Cidade: Ponta Grossa – PR

Ano: 1962

Instalação: 12m²

Prêmio: 51º Salão Paranaense



‘Em “O Amor Pela Arte”, Bourdieu pondera que os museus abrigam tesouros que se encontram, ao mesmo tempo (e paradoxalmente), abertos a todos e interditados à maioria das pessoas. Indivíduos pertencentes a qualquer classe social e com distintos graus de escolaridarização freqüentam museus’ (p. 9), ou seja, qualquer pessoa tem acesso, mas não é a maioria que aprecia essa modalidade e que muitas vezes, não quer ir mais além ao observar os quadros, negando-se a deleitar as suas obras.

Ao ser criado, o MAC incorporou parte do acervo artístico do antigo Departamento de Cultura da Secretaria de Educação e Cultura que reunia prêmios de aquisição do Salão Paranaense, aquisições por compra, doações de artistas e colecionadores. Outros eventos promovidos pela Secretaria de Estado da Cultura contribuiram para ampliar o acervo, como o Salão de Arte Religiosa Brasileira (1965-1975), o Salão de Artes Plásticas para Novos (1957-2002), a Mostra do Desenho Brasileiro (1979-2004) e o Projeto Faxinal das Artes, em 2002.

Atualmente o Museu detém cerca de 1500 obras dos mais representativos nomes das artes visuais do país, abrangendo pintura, desenho, gravura, escultura, fotografia, objeto, tapeçaria, colagem, instalação e vídeo.

Entre os artistas representados no acervo estão Tomás Abal, Lothar Charoux, Volpi, Amilcar de Castro, Regina Silveira, José Bechara, Antonio Peticov, José Rufino, Alex Flemming, Élida Tessler, Eliane Prolik, Luciano Mariussi, Marlon de Azambuja, Fábio Noronha, Maria Cheung, Luiz Carlos Brugnera, Rossana Guimarães, Letícia Marquez, Edilson Viriato. Também estão artistas que figuram na tradição histórica da Arte Paranaense, como Miguel Bakun, Theodoro De Bona, Guido Viaro, Helena Wong.

Quem se adentra ao museu, percebe que cada obra tem lá suas histórias para contar a todo aquele que a observa. A realidade lá dentro é bem diferente de tudo que estamos acostumados a olhar lá fora. Dentro dele o espectador viaja no mundo dos quadros e das esculturas e observa os detalhes mais atentamente, desenvolvendo-o ao senso crítico. Ex: Quando observamos que lá dentro tudo é lindo, fora dele há muitos conflitos. Além disso, faz também o espectador retroceder ao passado conhecendo um pouco da história do artista, porém ¹este exige que observemos mais para tirarmos nossas próprias conclusões, já que ele não dará em hipótese alguma “receitas” sobre a obra que fez, ou seja, dar detalhes. Apenas receptores com qualificação no assunto podem desvendar os mistérios da obra e a mensagem que ela está transmitindo. ²O que não pode acontecer em hipótese alguma, é que nenhum autor de suas obras queira encher demais seus quadros, nem tampouco, exceder os seus limites, caso contrário, o visitante se insatisfaz e vai embora logo cedo. Bourdieu, na página 71, relata exatamente sobre esses dois itens.

Eis aqui, as comparações que faço com este livro, e são as seguintes:

“¹O tempo dedicado pelo visitante à contemplação das obras apresentadas, ou seja, o tempo de que tem necessidade para “esgotar” as significações que lhe são propostas, constitui, sem dúvida, um bom indicador de sua aptidão em decifrar e saborear tais significações. → A obra de arte considerada enquanto bem simbólico não existe como tal a não ser para quem detenha os meios de apropriar-se dela, ou seja, de decifrá-la.”

“²Quando a mensagem excede as possibilidades de apreensão do espectador, este não apreende sua ‘intenção’ e desinteressa-se do que lhe parece ser uma confusão sem o menor sentido, ou um jogo de manchas de cores sem qualquer utilidade. Ou dito por outras palavras, colocado diante de uma mensagem rica demais para ele – ou como diz a tetoria da informação ‘acabrunhante’ (overwhelming) -, o visitante sente-se ‘asfixiado’ e abrevia a visita.


No MAC, não só há quadros para expor, mas também, diversas esculturas, como exemplo, o boneco e também, outra forma de expor, como o mapa projetado de ponta-cabeça na parede, já, no chão, as cores são invertidas, mas com blocos brancos apontando alguns locais do mundo inteiro. Acima de tudo, os artistas locais e de outros estados são valorizados pelo que fazem, e todo seu acervo é bem vindo, contendo desde obras antigas até as mais recentes. Há também premiações para os melhores colocados.


http://www.mac.pr.gov.br/modules/galeria/uploads/6/b3179.jpg (Guima)

http://www.mac.pr.gov.br/modules/galeria/uploads/6/bUntitled6.jpg (Cleverson Luiz Salvaro)

http://www.mac.pr.gov.br/modules/galeria/uploads/6/bVendrami_CarlaMapa.jpg (Carla Malucelli Vendrami)

http://www.mac.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=18

Bourdieu, Pierre. O Amor Pela Arte: os museus de arte na Europa e seu público / Pierre Bourdieu, Alain Darbel; tradução Guilherme João de Freiras Teixeira. 2 ed. – São Paulo: Editora da USP; Porto Alegre: Zouk, 2007

E para acrescentar mais um pouco, Portinari tem um grandioso acervo aproximado de 5000 obras e mais de 30000 documentos publicados. Vale a pena conferir mais sobre ele, pois é um dos artistas renomados do nosso Brasil. Valorizemos um pouco o que é nosso!!!! ;)

Resumindo toda a sua biografia com o menor núnero de palavras possível, baseando-se no seu site exclusivo, Portinari nasceu no dia 30 de dezembro de 1903 numa fazenda de café. Filho de imigrantes italianos teve educação informal, já que ele veio de família humilde e desde criança, começou a descobrir desde cedo a dádiva de pintar.

Aos 15 anos, matriculou-se na escola de Belas-artes no RJ, a fim de aprimorar ainda mais as suas pinturas. Portinari em 1929, parte para Paris após conquistar o Prêmio De Viagem ao Estrangeiro em 1928, pelo academicismo de suas obras levado a sério.

Mais tarde, volta ao Brasil, com inspiração de pintar vários retratos do povo brasileiro. Em 1935, expõe nos Estados Unidos, na cidade de Pittsburgh, a tela Café, onde ele pretende em sua obra, retratar com orgulho a sua terra de origem no instituto Carneggie, mais uma vez ganhando a Menção Honrosa. Mais tarde, a Universidade de Chicago publica em inglês, para os norte-americanos daquela época as obras que Portinari fez. Eis o livro: Portinari, His life and Art, de Rockwell Kent, que trata exatamente disso.

Após expor várias obras nos EUA, Portinari volta ao brasil em 1943. Um ano mais tarde, Oscar Niemeyer o convida para realizar as obras de decoração do conjunto arquitetônico da Pampulha em Belo Horizonte, Minas Gerais, destacando-se na Igreja de São Francisco de Assis, o mural São Francisco (do altar) e a Via Sacra, além dos diversos painéis de azulejo. A escalada do nazi-fascismo e os horrores da guerra reforçam o caráter social e trágico de sua obra, levando-o à produção das séries Retirantes (1944) e Meninos de Brodósqui (1946), assim como à militância política, filiando-se ao Partido Comunista Brasileiro, sendo candidato a deputado em 1945, e a senador em 1947.

Portinari, mais uma vez, foi à França na galeria Charpentier para expor, sendo agraciado pelo governo francês, com legião de honra ao mérito. Após expor em Buenos Aires e em Montevidéu parte de seus quadros em 1947, autoexilou-se em Uruguai um ano depois, na capital de Montevidéu, para pintar o quadro A Primeira Missa no Brasil, por razões políticas, a fim de evitar equívocos. Mais tarde, pinta o quadro de Tiradentes, lutando pela independência no Brasil e mais tarde, sendo julgado e enforcado para que a sua cabeça sirva de exemplo a quem desobedecer Portugal. Ganhou medalha de ouro pelo Prêmio Internacional da Paz na Varsóvia, Polônia, por retratar a vida daquele homem, além de pintar mais um marco de nossa história, a Vinda da Família Real para o Brasil, anos mais tarde.

Em 1952, atendendo à encomenda do Banco da Bahia, realiza outro painel com temática histórica: A Chegada da Família Real Portuguesa à Bahia, e inicia os estudos para os painéis Guerra e Paz, oferecidos pelo governo brasileiro à nova sede da Organização das Nações Unidas. Concluídos em 1956, os painéis, medindo cerca de 14 x 10m cada 'os maiores pintados por Portinari' encontram-se no hall de entrada dos delegados do edifício-sede da ONU, em Nova York.

A partir de 1954, há indícios de que Portinari esteja sendo intoxicado pelo uso intenso das tintas, que pode levar à sua morte anos mais tarde. Ele pintou nesse ano, o painel Descobrimento do Brasil. Um ano depois recebe a Medalha de Ouro, concedida pelo International Fine Arts Council de Nova York, como o melhor pintor do ano.

Dois anos depois, Portinari Faz os desenhos da série Dom Quixote, aí então Israel o convida para expor, mais tarde recebendo o Premio Guggenheim do Brasil

Em 1959 expõe na Galeria Wildenstein de Nova York e em 1960 organiza importante exposição na Tchecoslováquia.

Em 1961 o pintor tem diversas recaídas da doença que o atacara em 1954 - a intoxicação pelas tintas -, entretanto, lança-se ao trabalho para preparar uma grande exposição, com cerca de 200 obras, a convite da Prefeitura de Milão.

Em 6 de fevereiro de 1962, Portinari morre intoxicado pelas tintas que consumia.

Eis aqui, alguns retratos que Portinari pintou:

Baile na Roça

1923-1924
Pintura a óleo/tela
97 x 134cm
Brodowski, SP
Assinada e datada na metade inferior à direita "C Portinari 924" e no verso do suporte "C. Portinari Brodowsky, 1923-24"

Coleção particular, Rio de Janeiro,RJ

. OBSERVAÇÕES:
Esta foi a primeira obra de temática brasileira executada por Portinari. Os personagens nela representados eram pessoas de Brodowski: o sanfoneiro chamava-se Marchesan; o preto, João Negrinho; o homem do cachimbo seria o pai do artista, e o modelo para os demais personagens, tanto femininos quanto masculinos, foi Maria Portinari Carvalho, irmã do artista. Em 1924, Portinari submeteu esta obra, juntamente com mais sete retratos, ao Conselho Superior de Belas Artes, para que figurasse na Exposição Geral daquele ano; o júri, no entanto, recusou o “Baile na Roça”, aceitando apenas os retratos. Imediatamente após o ocorrido, o então jovem artista, muito desgostoso, resolveu vendê-la. No entanto, foi profunda a marca nele deixada por esse episódio, o que se revela, seis anos mais tarde, quando Portinari escreve, de Paris, a Rosalita Mendes de Almeida, sua colega na Escola Nacional de Belas Artes / ENBA: “... Daqui fiquei vendo melhor a minha terra– fiquei vendo Brodowski como ela é [...] Quando comecei a pintar, senti que devia fazer a minha gente e cheguei a fazer o ‘Baile na Roça’. Depois desviaram-me e comecei a tatear e a pintar tudo de cor fiz um montão de retratos, mas eu nunca tinha vontade de trabalhar, e toda gente me chamava de preguiçoso eu não tinha vontade de pintar porque me botaram dentro duma sala cheia de tapetes com gente vestida à última moda. A paisagem onde a gente brincou a primeira vez e a gente com quem a gente conversou a primeira vez não sai mais da gente, e eu quando voltar vou ver se consigo fazer a minha terra” [CO 4545]. Portinari buscou durante toda a sua vida reaver esta obra, mas morreu com a tristeza de nunca tê-la encontrado. Dela guardava, no entanto, uma pequena fotografia que, ao ser divulgada pela imprensa, em 1980, resultou na sua localização pelo Projeto Portinari.


Liberdade

[1949]
Pintura a têmpera/gesso
56 x 53cm (aproximadas)
Rio de Janeiro, RJ
Sem assinatura e sem data

Coleção particular, Rio de Janeiro,RJ

. OBSERVAÇÕES:

Estudo para a pintura mural para o monumento a Rui Barbosa, projeto do arquiteto Oscar Niemeyer; não executada


88
2992

Abstrato

c.1951
Pintura a guache e grafite/papelão
13 x 42cm
Rio de Janeiro, RJ
Assinatura estampada no canto inferior direito "PORTINARI*". Sem data

Financiadora de Estudos e Projetos, Rio de Janeiro,RJ

. OBSERVAÇÕES:

Maquete para o painel de pastilha de vidro “Abstrato” [FCO 2631]

. TEMAS:
Não Figurativo

Note que, nesta última pintura, Portinari inspirou-se em Mondrian, utilizando linhas que se cruzam perpendicularmente, tanto na horizontal, quanto na vertical.

Concluindo a reflexão sobre Portinari, ele não pintou apenas retratos, sendo renomado várias vezes por isso. Mas também, retrata variados temas, como por exemplo, religiosas, desenhos, cultura brasileira, natureza morta, etc. Conseguiu o seu lugar ao sol percorrendo vários países, mostrando seu valor como pintor de várias categorias. Ao mesmo tempo em que admiramos suas obras, valorizamos ainda mais a nossa cultura e tudo o que ela tem a nos oferecer. Hoje ele é um dos pintores de renome do Brasil, apesar de ele vir de pais italianos, mas sem deixar de valorizar a nossa pátria.
O objetivo deste museu virtual não é apenas exaltar o que Portinari por si só, mas também ir mais além de suas obras, encantar-se, principalmente aprender um pouco mais sobre elas. As mesmas também têm muito a nos ensinar.



http://www.portinari.org.br/ppsite/ppacervo/temas.asp

http://www.portinari.org.br/ppsite/ppacervo/obrasCompl.asp?notacao=2305&ind=31&NomeRS=rsObras&Modo=C (Baile Na Roça)

http://www.portinari.org.br/ppsite/ppacervo/obrasCompl.asp?notacao=2275&ind=15&NomeRS=rsObras&Modo=C (Liberdade)

http://www.portinari.org.br/ppsite/ppacervo/obrasCompl.asp?notacao=88&ind=6&NomeRS=rsObras&Modo=C (Abstrato)

http://www.portinari.org.br/ppsite/ppacervo/s_biogra.htm (Biografia um pouco resumida, exceto alguns trechos do texto original)

O Museu do Louvre e a Cultura Ocidental

O Museu do Louvre e a Cultura Ocidental




Durante minhas pesquisas a este renomado museu e a cultura ocidental, pude descobrir caracteristicas e curiosidades das quais citarei algumas abaixo:

* Museu do Louvre está instalado no Palácio do Louvre, em Páris, França.

* A história do museu inicia-se em 1692: quando Luíz XIV ordenou a criação de galerias de esculturas antigas na sala das cariátides. (Para matar a curiosidade de o que é cariátide : http://pt.wikipedia.org/wiki/Cariátides)


* Desde 1692 até 2000 (308 anos de modifcações), ouve a inclusão de diversas obras, galerias, acervos. Não somente estagnados em pinturas, mas abrangendo uma área amplificada da história ocidental como:


- Artes Decorativas: departamento que cobre desde a Idade Média até meados do século XIX, onde encontram-se obras confiscadas na Revolução e outras oriundas da Basílica de Saint-Denis.


- Antiguidades Egípcias: com mais de 50 mil objetos, abrange desde de o Antigo Egito até a arte copta (A arte copta é a arte dos povos cristianizados no Egito, que se desenvolveu entre os séculos IV e VII), incluindo os períodos helenístico, romano e bizantino, e seu conjunto oferece uma ampla visão da cultura e sociedade egípcias em todos os seus aspectos. Departamento criado por volta de 1826.


- Arte grega, romana e etrusca: Sua coleção inclui peças de toda a região do Mediterrâneo desde o Neolítico até o Helenismo, passando pela civilização cicládica e a cultura cipriota.Pontos altos deste vasto departamento são a Dama de Auxerre, a Vitória de Samotrácia, a Vênus de Milo, os retratos de Agripa, Marcellus e MarcoAurélio, o Gladiador Borghese, o Apolo de Piombino, a Diana de Versalhes, o Hermes amarrando as sandálias, e o vaso Hércules e Anteu, de Eufrônio.


- Arte islâmica: É o departamento mais recente do museu, mas sua coleção de mais de 6 mil itens cobre 13 séculos de história da arte islâmica da Europa, Ásia e África, entre vidros, metais, madeiras, tapetes, cerâmicas e miniaturas.


Um breve comentário: o próximo item chamou muito minha atenção pois além da arte ocidental, o Museu do Louvre abrange também uma pequena área da arte oriental, o que chamam de Oriental Próximo.


- Antigüidades do Oriente Próximo: Este departamento se concentra na história e arte do Oriente Próximo desde as primeiras civilizações até antes da presença muçulmana na região, e seu desenvolvimento acompanhou o desenvolvimento da arqueologia oriental na França. A coleção é particularmente notável pelas peças da Suméria e da cidade de Akkad, como a Estela dos Abutres, as estátuas de Gudea e de Ebih-il, touros alados de Khorsabad, capitéis tauromorfos e painéis de azulejos esmaltados de Susa, e o Código de Hamurabi.


- Pintura: Sua grande coleção de pinturas enfatiza a arte francesa, que compõe cerca de dois terços do total, mas as seções de pintura do norte da Europa e da Itália são extremamente significativas. O conjunto começou a ser reunido por Francisco I, ainda no tempo em que o Louvre era uma fortaleza, com a aquisição de obras-primas de Rafael e Michelangelo, além de ter atraído Leonardo da Vinci para sua corte. Este departamento foi subdividido em três áreas: seção de pinturas francesas; seção de pinturas do norte da europa e a seção de pinturas italianas onde enconta-se a famosa Mona Lisa.


- Gravuras e Desenhos: A origem deste grande departamento, com mais de 100 mil peças, está nas coleções reais. Foi sendo aumentado com aquisições e doações, e foi primeiro aberto ao público em 1797. Hoje está organizado nas seguintes seções: o antigo Cabinet du Roi e seus acréscimos posteriores; as gravuras em metal, e a grande doação de Edmond de Rothschild, com mais de 40 mil obras, hoje exibidas no Pavilhão de Flora.


- Esculturas: Concentrado nas peças de escultura criadas antes de 1850 que não se enquadram no departamento de antigüidades etruscas, gregas e romanas. Se acervo primitivo era de apenas 100 obras, porém com seu avança hoje tem muito mais.


* Espanção: Em 2004 o Louvre iniciou um programa de expansão extra-muros, a fim de aliviar o excesso de obras depositadas no complexo principal, abrindo então alguns museus-satélite. As cidades escolhidas foram Lens, para onde está prevista a instalação de cerca de 600 obras, e em 2007 foi selecionada Abu-Dabi, nos Emirados Árabes, que deve inaugurar a sua sucursal do Louvre em 2012 em troca de 1,3 bilhões de dólares americanos, recebendo de 200 a 300 obras de arte do Louvre e de outros museus franceses em caráter rotativo.

* O Museu do Louvre no ano de 2007, foi designado o museu mais visitado no mundo, com 8,3 milhões de habitantes.

O Louvre é um dos museus mais famosos no mundo, onde conté obras das quais estão estagnadas, e outras das quais circulam pelo mundo todo, para que todos tenham a possibilidade de conhece-las.


Abaixo um breve significado de cultura ocidetal:

... "Cultura ocidental
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Entende-se a cultura ocidental como o conjunto de todas as manifestações culturais desenvolvidas ao longo da evolução histórica da Civilização Ocidental. Neste sentido, o Ocidente não é visto apenas como uma mera regionalização mundial obtida do ponto de vista geográfico, mas um conceito mais amplo, relativo mesma a uma certa idéia de sociedade que foi vista e celebrada pelos povos ocidentais. Acredita-se que este tipo de sociedade tem suas mais profundas raízes na Civilização grega, considerada fundadora do pensamento e da cultura ocidentais.
Eventualmente, a expressão é usada para se referir à idéia do ocidentalismo, ou mesmo do
eurocentrismo."...

...E por enquanto é isso pessoal! ...

Instituto de Arte e Cultura Yorùbá


"Nasce para resgatar as tradições africanas Yorùbás e também para esclarecer tantos equívocos que existem com relação às influências formadoras da cultura brasileira."
Pessoal! Visitem este site! É muito interessante . ( vídeos, fotos, eventos,etc...) Não perca a oportunidade de conhecer a cultura Yorùbá!!!



O que é Semiótica, Lucia Santaella

Aqui está o livro de Lucia Santaella, digitalizado para fins educacionais.

http://www.scribd.com/doc/6918621/Santaella-Lucia-O-que-e-Semiotica

E aqui um resumo das principais noções, feito por uma professora (tem em power point tb):

http://74.125.47.132/search?q=cache:1rI1_lWhqlYJ:cafecomnoticias.net/wp-content/uploads/2008/03/o_que_e_semiotica.ppt+o+que+%C3%A9+semi%C3%B3tica+resumo&cd=5&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br

A internet não é uma maravilha? Desde que se saiba usar para pensar e pesquisar...

bjs e até mais!

domingo, 3 de maio de 2009

MUSEU DO LOUVRE



INTRODUÇÃO

Este trabalho visa compreender as relações entre o livro O amor pela artes: os museus de arte na Europa e seu público e o Museu do Louvre, comparando-a com relação existentes na atualidade.



DESENVOLVIMENTO


“Em O amor pela arte, Bourdieu pondera que os museus abrigam tesouros artísticos que se encontram, ao mesmo tempo (e paradoxalmente), abertos a todos e interditados à maioria das pessoa”. Assim como o Museu do Louvre que é uma dos maiores e mais famoso museu do mundo, é o local onde encontra-se as mais famosas obras numa das maiores mostras do mundo da arte e cultura humanas. Onde este é parada obrigatória para os turistas que visitam Paris, no entanto poucos sabem que o museu que abriga uma das maiores coleções de obras de arte do mundo foi durante sete séculos a residência de reis e imperadores da França. Algumas das obras que estão presentes neste museu são Vénus de Milo, Vitória de Samotrácia, Dama de Auxerre, Mo lisa, Navio dos Loucos, Madona das Rochas, Coleção de Arte egípcia. Onde muitas pessoas vão para observá-las, mais poucas conseguem ter uma visão crítica sobre estas obras, pois nem sempre estas são as mais belas, mais por serem as mais famosas e terem seus autores reconhecidos, tornam-se as mais visitadas.
“Verifica-se que, em relação ao público que freqüenta os museus franceses, a parcela das diferentes categorias sócio-profissionais corresponde a quase exatamente à razão inversa de sua parcela na população global”. Isso aplica-se por um conjunto de categorias por um nível de instrução ligeiramente mais elevado se deve ao fato de que, às vezes, eles se atribuem um nível cultural superior. A maioria das pessoas não aprendem na escola como apreciar as obras de arte, nem a importância que elas têm na sociedade. Aprendem somente o nome das mais famosas e muitas vezes nem abem o motivo nas quais as tornaram famosas, e muito menos que cada obra é retrato do tempo em que a obra foi produzida. Isso é muito importante não só para a arte, pois as obras englobando esta história por trás, é importante formar um conjunto de estudos onde aplica-se a interdisciplinaridade.

Museu do Louvre, desde XVIII até a atualidade ele constitui compôs privilegiados tanto para o exercício de uma imaginação criadora que leva em conta o poder das imagens, quanto para a dramaturgia do passado artístico, filosófico, religioso, científico, ou seja: cultura. É na moldura da modernidade que o museu se enquadra como palco, tecnologia e nave do tempo e da memória. Como palco, ele é espaço de teatralização e narração de dramas, romance, comédias e tragédias coletivas e individuais; como tecnologia ele se constitui em dispositivo e ferramenta de intervenção social; como nave ele promove deslocamento imaginário e memoráveis na memória e do tempo. (CHAGAS, 2008).
O museu é grandioso e une o antigo ao moderno e contemporâneo. Ao começar pela sua entrada pela Pirâmide com 21 metros de altura e 200 toneladas de vidro e vigas. O prédio foi construído entre 1852 e 1857, durante Napoleão III, sendo de 1871 a 1989 o Ministério da Fazenda.
Quando se chega ao museu logo na entrada é fornecido um mapa (existe em várias línguas) para direcionar-se dentro do museu. Os visitantes podem seguir por três direções Sully, Richelieu e Denon. Estas três regiões correspondem as três alas do edifício e levam os nomes de três grandes funcionários do estado: Sully (ministro da Fazenda de Henry IV), Richelieu (Ministro de Luis XIII) e Denon (primeiro ministro do museu central de arte durante Napoleão I). Existem também quatro níveis (subterrâneo e do primeiro ao terceiro andar) e o mapa contém as sessões dentro do museu divididas em Antiguidades Orientais, Egípcias, Gregas, Romanas, Esculturas e Louvre medieval.
A construção do Louvre data de oitocentos anos e, antes que se convertesse a um dos Museus do Mundo foi uma fortaleza, palácio dos Reis da França (que depois se mudaram para o palácio de Versalles). Foi construído pelo rei Charles V ( rei da França em 1364 – 1380) para ser uma fortaleza medieval. Pode-se verificar no subsolo as ruínas no castelo assim como um mapa se como esta o mapa e arquitetura.Ver em anexo a figura 2.
As galerias que expõe as pinturas são as mais visitadas na direção Denon, principalmente por conter obras de pintores célebres no mundo das artes.
Uma das obras de maior destaque é a pintura de Leonardo da Vinci (1452 – 1519). Ver em anexo figura 3.
Milhares de visitantes passam todos os dias e não conseguem deixar de admirar o quadro tão enigmático, onde a protagonista possui em seus lábios aquele famoso sorriso de indefinível tristeza onde tem-se a impressão que sua expressão muda constantemente. A modelo ficou muito tempo no mais absoluto mistério, porém, atualmente acredita-se que se trata de Lisa Gherardini, proveniente de uma família rica de mercadores e era casada com Francesco Giocondo.
Em um dia, com um bom planejamento pode-se conhecer as principais obras do museu. O endereço oficial do museu do Louvre é http://www.louvre.fr/, onde pode-se fazer uma visita virtual em francês, inglês ou espanhol e pode-se também adquirir ingressos para entrada no museu antecipadamente, assim como consultar o mapa do museu e a fotografia de algumas obras. Ver anexo figura 4.
Através do texto “O amor pela arte: os museus de arte na Europa e seu público” e Museu do Louvre percebe-se que a freqüência no museu em questão é muito alta, porém, o público que freqüenta este local, são pessoas que já possuem graduação ou estão em universidades, pessoas estas que possuem uma “bagagem” muito boa de conhecimentos. Deve-se melhorar este percentual, pois esta cultura seria de melhor proveito se vivenciada por todos.
O museu então se torna o lugar de destino final das obras de arte do passado, que aí, separadas de seu contexto, encontram uma nova vida, independente se sua função original e de seu valor simbólico. (BREFE, 2009).



ANEXO


FIGURA 1. MUSEU DO LOUVRE



FIGURA 2. ARQUITETURA DO LOUVRE


FIGURA 3. MONA LISA (LEONARDO DA VINCI).


FIGURA 4. FOTOGRAFIAS DO MUSEU.



REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BOURDIEU, Pierre. O amor pela arte: Os museus de arte na Europa e seu público. 2.ed. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo; Porto Alegre: Zouk, 2007.
CHAGAS, Mário. Museu, memórias e movimento social. Revista Museu, 2008.
BREFE, Ana Cláudia Fonseca. Museu, imagem e temporalidade. Universidade de São Paulo, 2009.


Trabalho Museus: Ipiranga, Shandong e Museu de Toquio.

Museu do Ipiranga
HISTORIA
Poucos meses após a proclamação da Independência, em 7 de setembro de 1822, surgiu a primeira proposta seguida de inúmeras outras de erigir um monumento à Independência do Brasil no próprio local onde ela havia sido proclamada, às margens do riacho do Ipiranga. Por falta de verbas e de entendimentos quanto ao tipo de monumento a ser erigido, é somente após sessenta e oito anos da proclamação que a idéia se concretiza, com a inauguração do edifício-monumento, em 1890.
Em 1884 é contratado, como arquiteto, o engenheiro italiano Tommaso Gaudenzio Bezzi, que, no ano anterior, havia apresentado o projeto de um monumento-edifício para celebrar a Independência. O estilo arquitetônico adotado, o eclético, havia muito estava em curso na Europa e viria marcar, a partir do final do século XIX, a transformação arquitetônica de São Paulo. Valendo-se de uma das principais características do ecletismo a recuperação de estilos arquitetônicos históricos Bezzi utilizou, de forma simplificada, o modelo de palácio renascentista para projetar o monumento.

EXPOSIÇÂO
Atualmente, as exposições do Museu Paulista estão passando por um processo de reformulação, de acordo com o Plano Geral de Exposições, estabelecido pela equipe técnico-científica da instituição. As mudanças estão se dando tanto nas linhas conceituais de História e Museologia, como na revitalização dos acervos por meio de trabalhos de conservação e restauração.
O Plano Geral define a organização dos acervos, nas três principais alas de exposição, segundo as três linhas de pesquisa às quais o Museu se dedica.
No andar térreo, a Ala Oeste aborda, sob o prisma da História do Imaginário: os Descobrimentos; as viagens no período colonial; a São Paulo das igrejas, a capital administrativa e o espaço urbano em meados do século XIX.
No andar superior, a Ala Leste, girando em torno do Universo do Trabalho: a maquete do edifício, de 1885-1890, como objeto técnico; a ligação São Paulo-Santos na "era do café"; a São Paulo do comércio na virada para o século XX; o acervo de mobiliário sob a óptica de sua confecção.
Na Ala Oeste do andar superior, aspectos de Cotidiano e Sociedade: o espaço doméstico no final do século XIX e início do XX e numa segunda parte, os anos 1920 a 1950 em São Paulo.
Além dessas áreas, estão previstas: no andar térreo, uma Galeria dedicada à instalação ou fomento de serviços públicos na cidade de São Paulo no final do século XIX (Corpo de Bombeiros, Serviço Sanitário, Iluminação etc.), uma exposição permanente sobre a modernidade na virada para o século XX, tendo, como eixo, Santos Dumont e uma área de exposições temporárias. No subsolo, exposições rotativas de acervos do Museu Paulista.


A comparação que faço com o texto de Bourdier é a seguinte:


Para Bourdier “a cultura não é um privilégio natural”.


Na minha opinião ele esta certo, porque a maioria das pessoas muitas vezes não tem acesso a um meio que lhe propicie uma formação culta. Ou em alguns casos elas ate tem essa aproximação com um recurso cultural, mas não aproveitam de maneira satisfatória.

Se fosse um privilégio natural todos nos estaríamos no mesmo nível, e sabemos que não é bem assim, infelizmente, se a dita cultura chegasse em uma periferia onde seu nível esta baixo, por exemplo, quantos desenhistas, músicos, pintores, escultores não sairiam dali? Isso sem falar no desenvolvimento intelectual da comunidade, que leva os cidadões que vivem ali a repensarem seus atos como ser humanos sujeitos e sujeitados de ações que sem essa formação talvez não fizesse importância no seu meio.


Em outra passagem Bourdier diz que:


“(...) os museus abrigam tesouros artísticos que se encontram ao mesmo tempo ( e paradoxalmente), aberto a todos e interditados a maioria das pessoas.”


Já nesse caso, alem do que foi dito acima eu colocaria que:

Alguns museus cobram entrada, ou seja já não é qualquer pessoa que tem condições de interagir com esse museu.

Algumas pessoas não vão a museus com vergonha de não entenderem nada do veram em seu interior, essas pessoas não tem incentivo, deveríamos criar incentivo para essas pessoas, como por exemplo, levar uma exposição ate elas explicando cada obra, com certeza algumas dessas pessoas se interessariam e começariam a interagir mais com esse “mundo culto” que vemos hoje em dia.

Eu mandei um e –mail para o Museu do Ipiranga, vou anexa – lo com as perguntas e as respostas se houverem.

Pesquisa‏

De:

Rodolfo malina (rodolfomalina@hotmail.com)

Enviada:

domingo, 10 de abril de 2009 13:35:30

Para:

mp@edu.usp.br

Boa tarde.


Meu nome è Rodolfo Malinoski, sou universitário curso Lic. em Artes Visuais na Universidade Estadual de Ponta Grossa ( UEPG),
fica no Paraná (PR).

Estou fazendo um trabalho para disciplina de Reflexão Artística, gostaria de fazer algumas perguntas:
1 - Quantas visitas vocês tem em média por dia?
2 - Que publico freqüenta o Museu?
3 - Em uma citação Bourdier diz: "(...) os museus abrigam tesouros artísticos que se encontram ao mesmo tempo ( e paradoxalmente) , aberto a todos e interditados á maioria das pessoas." vocês vêem isso no dia a dia no museu?
4 - Como funciona o sistema de monitoria/guia do Museu?
5 - Quais são e como se dividem os acervos?
6 - Qual o localização do Museu em São Paulo? Periferia ou centro? O bairro pertence a qual classe social?
7 - Como é obtido o material pro acervo?
8 - Fiquei sabendo que não é possível tirar fotos dentro nem fora do Museu. Por que isso?
9 - Quais as duvidas mais freqüentes?
10 - Como funciona a relação de ensino/aprendizagem com o publico visitante sabendo que o Museu pode ser compreendido como um meio de mediação didática?
Fico no aguardo das respostas.

Agradeço desde já.




Museu Provincial de Shandong

Fundado em 1953, o Shandongsheng Bowuguan está situado na zona sul de Jinan, perto da Montanha dos Mil Budas.

O museu possui uma coleção de 140.000 peças históricas, 130.000 documentos modernos e mais de 8000 espécimes naturais.

Esta herança cultural estende-se desde as culturas Dawenkou (3500- 2500 a.C.) e Longshan, incluindo bronzes das eras Shang (século XVII a.C.-século XI a.C.) e Zhou (1766-770 a.C.) e tiras de bambu da dinastia Han (206 a.C.-220 d.C.), até aos tempos modernos.

As exposições incluem esculturas de Budas finamente talhados, selos de pedra e tábuas escritas da dinastia Han e objetos agrícolas escavados de jazidas neolíticas da província; pode ver-se também um calendário datado de 134 a.C., que se crê ser o mais antigo da China.

As exposições principais são A História e a Sociedade Primitiva de Shandong e Fósseis de Antigos Animais Extintos; as mostras temáticas incluem História da Arte da Porcelana, História do Entalhe de Figuras em Pedra, etc.


Museu Nacional de Tóquio
O Museu Nacional de Tóquio (japonês: 東京国立博物館, Tōkyō Kokuritsu Hakubutsukan), o maior e mais antigo museu do Japão, foi fundado em 1872. Localiza-se no Parque Ueno, em Taito-ku, Tóquio.
Abriga mais de 110 mil objetos de valor arqueológico e artístico de várias eras da história japonesa e de outros países asiáticos, incluindo 87 pertencentes ao Tesouro Nacional Japonês e 610 classificados como propriedade cultural de importância.
Edifícios de exibição
O museu é separado em diversos cinco edifícios.
Honkan - Honkan (japonês: 本館, galeria japonesa): visão geral da arte japonesa, com 24 salas de exibição. Contém peças de cerâmica, escultura, espadas, etc. desde 10,000 A.C. até o final do século XIX.
Toyokan - Toyokan (japonês: 東洋館, galeria asiática): inaugurado em 1968. Consiste em 10 salas de exibição dedicadas a arqueologia asiática, incluido China, península coreana, sudeste asiático, Índia, Oriente Médio e Egito.
Hyokeikan - Hyōkeikan (japonês: 表慶館): Inaugurado em 1909. Usado para exposições temporárias.
Heiseikan - Heiseikan (japonês: 平成館): Apresenta peças de história japonesa, incluindo cerâmica, desde 10000AC até os dias de hoje. Tem uma seção de arqueologia.
Hōryū-ji Hōmotsukan - Hōryū-ji Hōmotsukan (japonês: 法隆寺宝物館, a galeria de tesouros Hōryū-ji)
Shiryōkan - Shiryōkan (japonês: 資料館, o centro de pesquisa e informação): criado em 1984. Possui livros, revistas, fotografias, etc.