Olá galera, eu estava lendo a revista Carta na Escola, e encontrei um reportagem interessante....
A rebeldia em novo suportepor Camila Alam
As obras de osgemeos e de Titi Freak vão ao museu e ao livro
Quem vive nas grandes cidades está acostumado a passar por viadutos, muros e vielas grafitados. O que os olhares menos aguçados podem não perceber é que o coadjuvante das ruas vive um momento de ator principal fora das selvas de concreto. A chamada Street Art, que toma outros ambientes e é criada em torno de novos suportes, sofisticou-se sem perder a característica transgressora. Em cartaz no Rio de Janeiro a partir do dia 23, os irmãos Gustavo e Otávio Pandolfo, que assinam como osgemeos, são um dos exemplos da bem-sucedida transposição.
Os paulistanos do Cambuci obtiveram reconhecimento em galerias estrangeiras para depois colher frutos em terras nativas. As fachadas da galeria Tate Modern, em Londres, e do castelo de Kelburn, na Escócia, exemplificam de que modo a linguagem exercida no bairro se revelou universal. Em sua nova mostra, Vertigem, em cartaz no CCBB carioca, as obras da dupla se transformam em instalações com as quais o visitante pode interagir, além de ouvir e tocar os instrumentos expostos. “A partir do momento em que tiramos nosso trabalho das ruas e o levamos ao museu, já não é grafite. É arte contemporânea, tridimensional”, diz Gustavo, em entrevista à CartaCapital.
Além de mover a arte das ruas para as galerias, outro paulistano ganha destaque nas próximas semanas com o lançamento do livro Freak (ZY, 200 págs., R$ 50). Hamilton Yokota, que atende por Titi Freak, é um dos importantes artistas do grafite nacional. Largou o traço e a profissão de cartunista, quando descobriu os sprays, e, de lá para cá, deixou sua marca em exposições e muros da Europa, Estados Unidos e Japão. Sob forte influência pop nipônica, Titi Freak tenta trazer o ambiente das ruas também para as galerias, utilizando suportes como placas, garrafas e janelas velhas.
“O grafite sempre foi das ruas e eu nunca esperava parar nas galerias. Mas foi uma consequência dos trabalhos que ficaram mais profissionais. É um experimento trabalhar com outros materiais”, diz. Em seu livro, lançado pela galeria Choque Cultural e a loja Nike Sportswear, pouco se lê. Mas a bem-sucedida trajetória é explicada por esboços e fotos de trabalhos realizados desde a época em que atuava nos estúdios de Mauricio de Sousa. “Como pintor, quis contar com imagens a minha transição dos quadrinhos para o grafite e a minha chegada às galerias. Se eu fosse escritor, escreveria mais”, brinca.
Referência: http://www.cartanaescola.com.br/edicoes/36/a-rebeldia-em-novo-suporte
Bom, na nossa cidade jé temos artísta de grafite, pois vemos muito nos muros do centro...só falta serem reconhecidos