domingo, 3 de maio de 2009

Trabalho Museus: Ipiranga, Shandong e Museu de Toquio.

Museu do Ipiranga
HISTORIA
Poucos meses após a proclamação da Independência, em 7 de setembro de 1822, surgiu a primeira proposta seguida de inúmeras outras de erigir um monumento à Independência do Brasil no próprio local onde ela havia sido proclamada, às margens do riacho do Ipiranga. Por falta de verbas e de entendimentos quanto ao tipo de monumento a ser erigido, é somente após sessenta e oito anos da proclamação que a idéia se concretiza, com a inauguração do edifício-monumento, em 1890.
Em 1884 é contratado, como arquiteto, o engenheiro italiano Tommaso Gaudenzio Bezzi, que, no ano anterior, havia apresentado o projeto de um monumento-edifício para celebrar a Independência. O estilo arquitetônico adotado, o eclético, havia muito estava em curso na Europa e viria marcar, a partir do final do século XIX, a transformação arquitetônica de São Paulo. Valendo-se de uma das principais características do ecletismo a recuperação de estilos arquitetônicos históricos Bezzi utilizou, de forma simplificada, o modelo de palácio renascentista para projetar o monumento.

EXPOSIÇÂO
Atualmente, as exposições do Museu Paulista estão passando por um processo de reformulação, de acordo com o Plano Geral de Exposições, estabelecido pela equipe técnico-científica da instituição. As mudanças estão se dando tanto nas linhas conceituais de História e Museologia, como na revitalização dos acervos por meio de trabalhos de conservação e restauração.
O Plano Geral define a organização dos acervos, nas três principais alas de exposição, segundo as três linhas de pesquisa às quais o Museu se dedica.
No andar térreo, a Ala Oeste aborda, sob o prisma da História do Imaginário: os Descobrimentos; as viagens no período colonial; a São Paulo das igrejas, a capital administrativa e o espaço urbano em meados do século XIX.
No andar superior, a Ala Leste, girando em torno do Universo do Trabalho: a maquete do edifício, de 1885-1890, como objeto técnico; a ligação São Paulo-Santos na "era do café"; a São Paulo do comércio na virada para o século XX; o acervo de mobiliário sob a óptica de sua confecção.
Na Ala Oeste do andar superior, aspectos de Cotidiano e Sociedade: o espaço doméstico no final do século XIX e início do XX e numa segunda parte, os anos 1920 a 1950 em São Paulo.
Além dessas áreas, estão previstas: no andar térreo, uma Galeria dedicada à instalação ou fomento de serviços públicos na cidade de São Paulo no final do século XIX (Corpo de Bombeiros, Serviço Sanitário, Iluminação etc.), uma exposição permanente sobre a modernidade na virada para o século XX, tendo, como eixo, Santos Dumont e uma área de exposições temporárias. No subsolo, exposições rotativas de acervos do Museu Paulista.


A comparação que faço com o texto de Bourdier é a seguinte:


Para Bourdier “a cultura não é um privilégio natural”.


Na minha opinião ele esta certo, porque a maioria das pessoas muitas vezes não tem acesso a um meio que lhe propicie uma formação culta. Ou em alguns casos elas ate tem essa aproximação com um recurso cultural, mas não aproveitam de maneira satisfatória.

Se fosse um privilégio natural todos nos estaríamos no mesmo nível, e sabemos que não é bem assim, infelizmente, se a dita cultura chegasse em uma periferia onde seu nível esta baixo, por exemplo, quantos desenhistas, músicos, pintores, escultores não sairiam dali? Isso sem falar no desenvolvimento intelectual da comunidade, que leva os cidadões que vivem ali a repensarem seus atos como ser humanos sujeitos e sujeitados de ações que sem essa formação talvez não fizesse importância no seu meio.


Em outra passagem Bourdier diz que:


“(...) os museus abrigam tesouros artísticos que se encontram ao mesmo tempo ( e paradoxalmente), aberto a todos e interditados a maioria das pessoas.”


Já nesse caso, alem do que foi dito acima eu colocaria que:

Alguns museus cobram entrada, ou seja já não é qualquer pessoa que tem condições de interagir com esse museu.

Algumas pessoas não vão a museus com vergonha de não entenderem nada do veram em seu interior, essas pessoas não tem incentivo, deveríamos criar incentivo para essas pessoas, como por exemplo, levar uma exposição ate elas explicando cada obra, com certeza algumas dessas pessoas se interessariam e começariam a interagir mais com esse “mundo culto” que vemos hoje em dia.

Eu mandei um e –mail para o Museu do Ipiranga, vou anexa – lo com as perguntas e as respostas se houverem.

Pesquisa‏

De:

Rodolfo malina (rodolfomalina@hotmail.com)

Enviada:

domingo, 10 de abril de 2009 13:35:30

Para:

mp@edu.usp.br

Boa tarde.


Meu nome è Rodolfo Malinoski, sou universitário curso Lic. em Artes Visuais na Universidade Estadual de Ponta Grossa ( UEPG),
fica no Paraná (PR).

Estou fazendo um trabalho para disciplina de Reflexão Artística, gostaria de fazer algumas perguntas:
1 - Quantas visitas vocês tem em média por dia?
2 - Que publico freqüenta o Museu?
3 - Em uma citação Bourdier diz: "(...) os museus abrigam tesouros artísticos que se encontram ao mesmo tempo ( e paradoxalmente) , aberto a todos e interditados á maioria das pessoas." vocês vêem isso no dia a dia no museu?
4 - Como funciona o sistema de monitoria/guia do Museu?
5 - Quais são e como se dividem os acervos?
6 - Qual o localização do Museu em São Paulo? Periferia ou centro? O bairro pertence a qual classe social?
7 - Como é obtido o material pro acervo?
8 - Fiquei sabendo que não é possível tirar fotos dentro nem fora do Museu. Por que isso?
9 - Quais as duvidas mais freqüentes?
10 - Como funciona a relação de ensino/aprendizagem com o publico visitante sabendo que o Museu pode ser compreendido como um meio de mediação didática?
Fico no aguardo das respostas.

Agradeço desde já.




Museu Provincial de Shandong

Fundado em 1953, o Shandongsheng Bowuguan está situado na zona sul de Jinan, perto da Montanha dos Mil Budas.

O museu possui uma coleção de 140.000 peças históricas, 130.000 documentos modernos e mais de 8000 espécimes naturais.

Esta herança cultural estende-se desde as culturas Dawenkou (3500- 2500 a.C.) e Longshan, incluindo bronzes das eras Shang (século XVII a.C.-século XI a.C.) e Zhou (1766-770 a.C.) e tiras de bambu da dinastia Han (206 a.C.-220 d.C.), até aos tempos modernos.

As exposições incluem esculturas de Budas finamente talhados, selos de pedra e tábuas escritas da dinastia Han e objetos agrícolas escavados de jazidas neolíticas da província; pode ver-se também um calendário datado de 134 a.C., que se crê ser o mais antigo da China.

As exposições principais são A História e a Sociedade Primitiva de Shandong e Fósseis de Antigos Animais Extintos; as mostras temáticas incluem História da Arte da Porcelana, História do Entalhe de Figuras em Pedra, etc.


Museu Nacional de Tóquio
O Museu Nacional de Tóquio (japonês: 東京国立博物館, Tōkyō Kokuritsu Hakubutsukan), o maior e mais antigo museu do Japão, foi fundado em 1872. Localiza-se no Parque Ueno, em Taito-ku, Tóquio.
Abriga mais de 110 mil objetos de valor arqueológico e artístico de várias eras da história japonesa e de outros países asiáticos, incluindo 87 pertencentes ao Tesouro Nacional Japonês e 610 classificados como propriedade cultural de importância.
Edifícios de exibição
O museu é separado em diversos cinco edifícios.
Honkan - Honkan (japonês: 本館, galeria japonesa): visão geral da arte japonesa, com 24 salas de exibição. Contém peças de cerâmica, escultura, espadas, etc. desde 10,000 A.C. até o final do século XIX.
Toyokan - Toyokan (japonês: 東洋館, galeria asiática): inaugurado em 1968. Consiste em 10 salas de exibição dedicadas a arqueologia asiática, incluido China, península coreana, sudeste asiático, Índia, Oriente Médio e Egito.
Hyokeikan - Hyōkeikan (japonês: 表慶館): Inaugurado em 1909. Usado para exposições temporárias.
Heiseikan - Heiseikan (japonês: 平成館): Apresenta peças de história japonesa, incluindo cerâmica, desde 10000AC até os dias de hoje. Tem uma seção de arqueologia.
Hōryū-ji Hōmotsukan - Hōryū-ji Hōmotsukan (japonês: 法隆寺宝物館, a galeria de tesouros Hōryū-ji)
Shiryōkan - Shiryōkan (japonês: 資料館, o centro de pesquisa e informação): criado em 1984. Possui livros, revistas, fotografias, etc.
MUSEU EGÍPCIO DO CAIRO

O Museu Egípcio do Cairo é um dos mais fantásticos museus no mundo inteiro. É um grande edifício onde se exibem os tesouros da História egípcia antiga, dando-nos as evidências da maravilhosa capacidade mental e habilidade artística do Homem Egípcio antigo. A Expedição Francesa trouxe mais de 165 eruditos e cientistas em todas as especialidades para estudarem todos os aspectos da vida egípcia; a geografia, zoologia, geologia, história, religião, tradições, leis etc. Os monumentos egípcios antigos foram o maior campo de estudo e pesquisa para alguns desses historiadores e eruditos. Uns anos mais tarde, um episódio histórico normal, orientou a uma grande descoberta; o deciframento dos segredos da História Egípcia Antiga. O descobrimento de uma pedra preta conhecida como “A pedra de Rosetta” resultou, logo, no deciframento da Língua Egípcia Antiga, um acontecimento crucial na História da humanidade, e assim as escrituras gravadas nas paredes dos templos e os túmulos nos forneceram grandes dados sobre a história, civilização, religião e arte no antigo Egito. No século XIX começou a aparecer na Europa em geral e na França em particular uma nova ciência chamada de “Egiptologia” o que levou a um fervor entre os estudiosos de Europa. E, no entanto, historiadores, arqueólogos, aventureiros e migratórios e caçadores de tesouros vieram para o Egito encantados pela sua história e cultura, começaram a escavar em sítios diferentes do território, e obviamente uns deles careciam da honestidade científica necessária, por isso havia roubos de monumentos e objetos e por imediato surgiu um grande mercado de Antiguidades Egípcias na Europa, e simultaneamente havia naquela altura do século XIX um desconhecimento do valor verdadeiro dos monumentos do patrimônio por parte dos egípcios nativos. Nem o governo nem o povo sabiam o valor autêntico desses objetos achados e antiguidades maravilhosas. Por tanto havia uma tolerância acompanhada por ignorância. E como não havia controlo sobre este setor cultural as antiguidades e os objetos egípcios eram sujeitos ao roubo, tráfico, contrabando e, desleixo descuidado por quase 50 anos até os finais do reinado do governador Mohamad Ali (1805-1849), o pioneiro da modernização do Egito, que mandou conservar os monumentos e objetos descobertos num edifício dentro da cidade de Saladino no Cairo, proibindo o tráfico dos monumentos fora do país. Graças a Mariette Pacha (1821-1881) o percursor egiptólogo francês quem estabeleceu o Serviço das Antiguidades Egípcias pela primeira vez. Em 1857 Mariette fundou o primeiro museu verdadeiro no bairro de “Bulaq” no Cairo. Foi, de fato, um pequeno edifício que constava de quatro quartos em que se expuseram os objetos e antiguidades egípcias achadas. Logo, esse museu foi afetado pela cheia do rio Nilo, por isso os objetos foram transferidos a um anexo de um palácio real do governador egípcio Ismael na cidade de Guiza. O atual Museu Egípcio do Cairo foi um fruto de grandes esforços e boa vontade para conservar o patrimônio egípcio antigo. Anunciou-se um concurso internacional entre as empresas européias no final do século XIX para construir um museu, e ganhou o concurso uma empresa da Bélgica, por isso o desenho da fachada do museu, infelizmente, não é egípcia, mas foi decorado segundo o estilo Greco-romano. O desenho do museu foi realizado pelo arquiteto francês Marcel Dourgnon segundo o modelo neoclássico. Em 1897 as obras de construção começaram e terminaram em 1901, mas apenas a 15 de novembro de 1902 o museu foi inaugurado oficialmente durante o reinado do governador do Egito Abass Helmi (1892-1914).
O Museu Egípcio situa-se atualmente na praça do Tahrir (centro da cidade do Cairo) perto da margem oriental do rio Nilo (o corniche). É um edifício imenso de cor encarnada com um pátio externo vasto. O museu tem uma cafeteria e umas livrarias que vendem prendas, postais, slides, mapas, guias e livros de história e arte egípcia. No pátio do museu, em frente do portal interno há três bandeiras, a primeira é a Bandeira Nacional, a segunda representa o Ministério de Cultura, e a terceira pertence ao Supremo Conselho das Antiguidades Egípcias. Lá, na parte superior da fachada se inscreve duas datas, a primeira é 1897, que se refere à data do início das obras de construção, enquanto a segunda é 1901, indica o fim das obras, porém o museu foi inaugurado em 1902. Há também duas letras iniciais ao lado direito e ao lado esquerdo do nome do governador que reinava o Egito de 1892 a 1914, são as letras “A” e “H” que indicam sucessivamente o nome de Abbas Helmi. No centro da fachada encontra-se a cabeça da deusa importantíssima segundo as crenças egípcias antigas, a deusa Hathor que foi considerada uma das mais famosas e antigas deusas egípcias. Era a deusa quem amamentava o deus Hórus quando era bebê durante a ausência da sua mãe Isis segundo os acontecimentos da lenda de Osíris. Hathor era a deusa do amor, alegria, música e maternidade. Era figurada fundamentalmente em três formas; a primeira como uma vaca inteiramente, a segunda numa forma hibrida com corpo de mulher e cabeça de vaca, e a terceira forma é uma mulher, mas com dois chifres de vaca em cima da cabeça e o disco solar entre eles. Na fachada, encontra-se a cabeça de Hathor, esta representada com cara de mulher, dois chifres com o disco solar. Aos dois lados, à direita e à esquerda há uma representação da deusa celebre Isis, a esposa de Osíris, e mãe de Hórus. Isis foi uma das divindades fundamentais que desempenhou um grande papel na Teologia Egípcia Antiga. Isis foi a deusa da maternidade, fidelidade, e magia. Aqui Isis está figurada numa forma Greco-romana e não egípcia tradicional devido ao estilo da sua peruca e também o seu vestido com nó que é romano. Além disso, a fachada foi decorada segundo o estilo Greco-romano devido à existência de duas colunas iônicas, pois este tipo de colunas apenas apareceu na Época Greco-romana. Também se encontram nomes de reis egípcios antigos escritos dentro de medalhões. No jardim do museu, uns monumentos estão espalhados aqui e ali, a maioria deles data do período do Novo Reino ( 1570-1080 a. C aprox.). Ao oeste extremo do pátio encontra-se um cenotáfio, ou um túmulo simbólico construído em homenagem da memória da figura celébre o egiptólogo francês Mariette Pasha, que nasceu em 1821 e faleceu em 1881. É, de fato, um cenotáfio de mármore, comemorando esta figura celebre quem lhe surgiu à idéia da função do museu que abriga e exibe os objetos achados. Ele desejou estar sepultado neste lugar, mesmo parecendo que o cenotáfio seja apenas simbólico. O cenotáfio está rodeado de bustos de uns egiptólogos famosos como Champollião, Mariette, Selim Hassan, Labibi Habashi, Kamal Selim etc. No centro do pátio encontra-se uma fonte cheia de duas espécies de plantas; o Papiro e o lótus. O papiro era o símbolo do Baixo - Egito (O norte), enquanto o lótus era o símbolo do Alto - Egito (O sul). O papiro encontra-se nos pântanos da região do Delta no norte do Egito. É uma planta que precisa de grande quantidade de água e mede quase 2 m. de altura. No Egito Antigo os papiros eram usados para fazer papel para escrever, sandálias, e barcas etc. Enquanto o lótus se encontrava no sul do país, e havia duas espécies; o lótus azul e o lótus branco durante a Época Egípcia Antiga. Sabemos também que os romanos introduziram uma terceira espécie da Ásia. A flor de Lótus foi o símbolo da ressurreição, e além do papiro, o Lótus deu inspiração aos arquitetos antigos para decorar as colunas e capitéis.

Na realidade, o Museu Egípcio do Cairo é um dos mais enormes museus em todo o mundo em termos de quantidade de objetos expostos e aqueles que ainda estão depositados, pois - de acordo com uma estimativa, o museu possui cerca de 120.000 objetos expostos, enquanto há mais de 100.000 objetos conservados nos armazéns. A exibição dos objetos é organizada em dois andares segundo uma ordem cronológica, correspondendo com a direção do relógio, iniciando-se a partir do Período Pré-dinástico, logo, a Época Arcaica, passando pelo Antigo Reino, o Médio Reino, o Novo Reino, o Período Tardio e termina pelo início da Época Grega no Egito. O segundo andar é dedicado, fundamentalmente, para exibir a coleção de Tutankhamón, os objetos do túmulo do casal Yoya e Tuya e a Sala das Múmias. Aos dois lados diante da entrada do museu há duas esfinges que dão ao visitante uma impressão especial como se estiver entrando um templo egípcio.

OBJETOS DO MUSEU:
Sobre os objetos que chamaram mais minha atenção no museu Egípcio de Cairo estão os Objetos da Coleção de Tutankhamón. O túmulo de Tutankhamon foi descoberto no Vale dos Reis por Howard Carter em 1922. O jovem rei morrera aos dezoitos anos de idade e o magnífico mobiliário do túmulo nos diz que provavelmente todos os túmulos de faraós eram igualmente mobiliados. Felizmente os ladrões de túmulos não tiveram êxito com este do jovem faraó. A Dinastia, e seu sarcófago permaneceram em segurança por mais de três mil anos.


O túmulo estava muito bem fechado na rocha. No centro da câmara mortuária havia quatro santuários ricamente decorados, um dentro do outro. No seu interior havia um enorme sarcófago de quartzita amarela com uma tampa de granito róseo. Deusas guardiãs primorosamente esculpidas postavam-se nos quatro ângulos. Dentro do sarcófago de pedra, que estava coberto de inscrições religiosas, havia diversos ataúdes folheados a ouro. Dentro do terceiro, que era de ouro, estava a múmia de Tutankhamon. Sobre o ataúde havia uma coroa de flores que ainda conservava todo seu colorido. E mais, jóias fantásticas, estátuas, peitorais e amuletos de ouro, contas, espelhos de prata, anéis e colares com pingentes de ouro na forma de flores de lótus.
Entre os muitos móveis luxuosos havia camas, cadeiras, bancos, mesas retiradas do palácio, o maravilhoso trono de ouro de Tutankhamon, vasos de alabastro, cetros, arcos e flechas, leques de plumas de avestruz, um painel que era o retrato do jovem rei e sua rainha com o símbolo de Aton e uma taça e uma lâmpada a óleo, de alabastro. As paredes e os tetos do túmulo eram revestidos de cenas religiosas, pinturas representativas de alguns dos deuses, sendo a mais extraordinária a de Osíris.
As coloridas inscrições apresentam grande beleza. Um elegante barco de alabastro repousava no túmulo, ostentando suas cabeças de íbis na proa e na popa. À meia-nau havia um quiosque delicadamente esculpido, cuja cúpula era sustentada por quatro colunas. O conteúdo do túmulo revela a mestria artística egípcia no seu apogeu. Cada objeto real é uma obra-prima de magnífico acabamento. Os artefatos encontrados nesse túmulo deveriam ser motivo de assunto sobre arte.
Um desses objetos fantásticos é o trono de ouro de Tutankhamón. É a cadeira mais maravilhosa entre seis cadeiras fabulosas encontradas no túmulo do rei Tutankhamon no Vale dos Reis em Luxor. Foi achada na sala conhecida como a antecâmara do túmulo do rei. É de madeira revestida de lâminas de ouro, e ornamentada com pedras preciosas e semipreciosas juntamente com pedaços de vidro policromados. Os braços do trono tomam a forma de duas serpentes que levam a coroa dupla protegendo os cartuchos do rei. As patas frontais do trono têm forma de duas cabeças de leão como um sinal de poder e proteção, provavelmente estas duas partes fossem feitas separadas e logo foram compostas ao corpo do trono. Entre as patas do trono havia o sinal de Sama-Taway, ou seja, o sinal da unificação das duas partes do Egipto pela união do papiro e o lótus, mas infelizmente está quebrado atualmente. A cena principal do trono mostra um friso de cobras, e por cima, no centro, o deus Atón está representado pelo disco solar, estendendo os raios que terminam por mãos, dando o sinal da vida Ankh ao rei e ao casal real. Tutankhamón está sentado comodamente num trono com coxins, está representado com uma peruca azul feita de vidro, rodeada da cobra que protege a frente do rei. Sobre a peruca encontra-se uma coroa composta.


O rei veste uma saia prateada com um cinto central enquanto os seus pés estão pisando sobre um pedestal decorado de figuras núbias e asiáticas. Em frente do rei a rainha está figurada de pé tocando com uma mão o ombro do rei como um sinal de ternura e amor ou está untando o ombro do esposo com ungüento perfumado. E coma outra mão está a assegurar uma jarra pequena de ungüento. A rainha Ankhesenpa está representada com uma peruca comprida feita de vidro azul, a sua frente está protegida pela cobra sagrada, levando um diadema decorado de cobras e rodeado do disco solar com duas plumas altas e dois chifres. Ela leva um vestido, recoberto de prata e pedras semipreciosas. É curioso que o casal real está representado calçado de um só par de sandálias, provavelmente era um sinal de união entre os dois, mas também pode ser que havia dois pares de sandálias, mas as sandálias exteriores foram partidas por uma razão ou outra. O pedestal localizado em frente do trono é de madeira gessada e dourada, e incrustada de faiança e pedras azuis. O pedestal está ornamentado com o sinal de Neb e rekhyt. Também há uma representação dos inimigos tradicionais do rei do Egito naquela época; os asiáticos e os núbios, isto significa que os inimigos do Egito estavam submissos ao poder do rei. Nas costas do trono encontram-se quatro cobras com o disco solar como um sinal de proteção. Existem também três colunas de inscrição em Hieróglifos, duas dedicadas ao rei e uma dedicada à rainha que indicam os seus nomes e títulos reais.

MUSEU PAULISTA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO (IPIRANGA)

O Museu Paulista da Universidade de São Paulo, conhecido como Museu do Ipiranga, é um museu brasileiro localizado na cidade de São Paulo, sendo parte do conjunto arquitetônico do Parque da Independência. É o mais importante museu da Universidade de São Paulo e um dos mais visitados da capital paulista.
Construído em cinco anos, de 1885 a 1890, o prédio do Museu Paulista da Universidade de São Paulo foi projetado pelo engenheiro italiano Tommaso Gaudenzio e, desde o início do século, é reconhecido como “lugar de memória nacional”. A construção em estilo renascentista, técnica empregada foi basicamente a da
alvenaria de tijolos cerâmicos, uma novidade para a época (a cidade ainda estava acostumada a construir com taipa de pilão).


Museu doIpiranga em
1902
Foto de Guilherme Gaensly








Museu do Ipiranga atualmente
Foto por Silvio Tanaka

Reúne um acervo de mais de 200 mil peças entre utensílios domésticos e de uso pessoal, objetos provenientes de escavações arqueológicas, de instituições e corporações; instrumentos de trabalho, armas, veículos, numismática, filatelia, esculturas, pinturas, gravuras, fotografias, cartografia, manuscritos e impressos. Pela excentricidade, chamam à atenção dos visitantes as carruagens do século XVIII, as mechas de cabelo da Marquesa de Santos, as armaduras, armas, trajes de gala e vestidos de festas, além de uma maquete da bucólica São Paulo antiga, datada de 1841. O acervo do Museu Paulista tem sua origem em uma coleção particular reunida pelo coronel Joaquim Sertório, que em 1890, foi adquirida pelo Conselheiro Francisco de Paula Mayrink, que a doou, juntamente com objetos da coleção Pessanha, ao Governo do Estado. Em 1891, o presidente do Estado, Américo Brasiliense de Almeida Melo, deu a Albert Löfgren a incumbência de organizar esse acervo, designando-o diretor do recém-criado Museu do Estado. As coleções, ao longo dos mais de cem anos do museu, sofreram uma série de modificações com o desmembramento de parte de seus acervos e incorporações. O acervo do museu se encontra tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN. Hoje, o visitante que for ao Ipiranga se deparará com exposições sobre a imigração japonesa para o Brasil, sobre a construção do mito dos bandeirantes, etc. Mas verá também obras clássicas como o famoso quadro do Grito, o qual ocupa o salão nobre do museu. Além das áreas de exposição pública, o Museu é um centro de excelência nas áreas deArqueologia, Etnologia, Geografia e História. Seus estudos estão voltados para a formação da sociedade brasileira, do século XV até meados do atual, com predominância do período 1850/1950. Possui uma biblioteca com 70 mil livros, alguns raros exemplares de cunho histórico e um setor de Publicações e Vendas. A ala mais procurada é o Salão Nobre, onde está o quadro “Independência ou Morte”, de Pedro Américo de 1888. Além das mostras permanentes e temporárias, oferece cursos, seminários e estágios em áreas educacionais. O projeto arquitetônico de Gaudenzio é de 1882 e a proposta inicial era “marcar” para a posteridade o lugar onde ocorrera, em 1822, o Grito da Independência (embora haja controvérsias sobre a localização exata). Nota curiosa é que, na construção do conjunto, uma gigantesca movimentação de terra foi realizada para que a colina ficasse mais clara e o edifício do museu restasse majestoso no seu topo. A topografia da área era bastante diferente do que se vê hoje.

A escadaria do museu tem um imenso valor simbólico ao povo paulista. A escadaria propriamente dita representa o
Rio Tietê, que foi o ponto de partida dos Bandeirantes rumo ao interior do país. E no corrimão estão colocados esferas com águas dos rios desbravados pelos paulistas entre os séculos XVI e XVIII, como por exemplo o Rio Paraná, Rio Paranapanema, Rio Uruguai e o Rio Amazonas. Nas paredes do ambiente estão estátuas dos heróis bandeirantes, como Borba Gato e Anhangüera com as regiões por onde eles passaram mais notoriamente, que se localizam nos atuais estados desde o Rio Grande do Sul até o Amazonas. Sendo precedida pelas duas estátuas maiores no salão principal dos dois principais bandeirantes, Antônio Raposo Tavares e Fernão Dias Paes. E ao centro representado D. Pedro I, como herói da Independência. Junto as estátuas existem pinturas representando a participação paulista em diversos momentos da história brasileira, como o ciclo da caça ao índio, o ciclo do ouro e a conquista do amazonas. Acima existem nomes de cidades e seus respectivos fundadores paulistas pelo Brasil, como Brás Cubas e Santos. E no teto pinturas de paulistas importantes na história do país, como o patriarca da independência José Bonifácio. O edifício, com seus 62 salões, ocupam uma área de 6.400 metros quadrados. Está localizado dentro do Parque da Independência, uma área aberta de 16,1 hectares na principal entrada do bairro do Ipiranga, entre a avenida D. Pedro e Rua Padre Marchett, limitada a leste pelo rio Tamanduateí e a oeste pelo Riacho do Ipiranga. Nesta área, outros importantes marcos históricos como o Monumento da Independência (inaugurado em 1922 para saudar o centenário da Independência), a Casa do Grito uma casinha de taipa que fica na lateral do Parque da Independência nunca foi contemporânea da proclamação da independência, mas, pelo fato de estar no famoso quadro de Pedro Américo, acabou entrando para a história. Também dela há uma exposição bacana. Em frente ao edifício - que jamais foi, como pensam alguns, residência de ninguém, muito menos do imperador Pedro I - há um imenso jardim a moda francesa, com fontes e chafarizes, que se estende por toda a colina e culmina às margens do riacho Ipiranga no monumento à Independência. Debaixo do monumento há a cripta onde estão os restos mortais de Pedro I, e também uma exposição interessantíssima sobre a construção do monumento e do edifício do museu.

Fonte do Jardim
OBRA DO MUSEU:

"INDEPENDÊNCIA OU MORTE" ou "O Grito do Ipiranga" de Pedro Américo (óleo sobre tela, 1888). O quadro feito em 1888, atualmente no salão nobre do Museu Paulista da USP, é a principal obra do museu e a mais divulgada de Pedro Américo. O nome original dessa tela é "Independência ou Morte", mas ficou conhecida como "O Grito do Ipiranga". A tela mede 7,60 x 4,15 m, tratando-se de uma tela retangular que representa a cena de Dom Pedro I proclamando a independência do Brasil. Na tela também aparecem: -à direita e à frente do grupo principal, em semicírculo, estão os cavaleiros da comitiva; -à esquerda, e em oposição aos cavaleiros,
está um longo carro de boi guiado por um homem do campo que olha a cena curiosamente. -Essa obra foi encomendada pelo governo imperial e pela comissão de construção do monumento do Ipiranga, antes que o Museu do Ipiranga existisse, e foi completado em Florença em 1888. O artista se preocupava em estudar todos os detalhes de seus quadros, como roupas, armas e os tipos físicos das pessoas. Para a produção deste quadro, ele se dirigia freqüentemente ao bairro do Ipiranga para conhecer-lhe a luz, a topografia e outros aspectos.
Algumas curiosidades sobre a obra:
Enquanto a independência do Brasil foi proclamada em 1822, Pedro Américo só foi terminar de pintar o quadro em 1888, em Florença, na Itália. A comissão de Dom Pedro não era tão grande como pinta o quadro. Dom Pedro não estava montado num imponente cavalo. Para viagens longas os animais usados eram jumentos e mulas. Nem dom Pedro nem a comitiva que o acompanhava, vestiam os uniformes de gala que estão na foto.

Museu do Louvre

Uma das maravilhas do mundo das artes.


O Louvre é o maior museu de arte ocidental. Sistematiza coleções de sucessivos monarcas da França conforme divisão historicista recentemente reformada. Situa-se em um edifício simbólico de Paris, cuja construção foi iniciada por Felipe Augusto, no século 13. Sobreviveu ao período revolucionário, foi agrandado por imperadores e hoje recebe, comodamente, o público multitudinário do século 21.
A torre original do castelo fortificado ainda pode ser adivinhada nas ruínas subterrâneas, abertas à visitação. Desde sempre, entre tais muros se guardaram tesouros. Conforme cresciam os reis Capetos e se unificavam os domínios francos, maiores eram os estoques de preciosidades.
Porém o colecionismo de arte começou com o renascentista Francisco 1º. O monarca ganhou 24 estátuas e vários bustos, que foram alojados em outra residência, a de Fontainebleau.
Foi lá também que os regentes franceses ganharam o gosto italiano pelas reinterpretações modernas dos cânones de beleza antiga: em Fontainebleau situa-se a primeira galeria francesa, de 1528, um tipo de cômodo que havia sido recentemente criado em Roma para acolher coleções arqueológicas latinas mescladas a obras do século 15 e 16. Desde então, acumularam-se em gabinetes riquezas de culturas tidas clássicas, como a mesopotâmica, a egípcia, a grega, a etrusca, a romana.
Assim, as peças arqueológicas começaram a ser agrupadas no Louvre para funcionar em coordenação com os ateliês dos artistas pagos pelo rei, pois a cópia dos antigos era requisito entre artistas educados, como apreciamos nos quadros de Poussin (1594-1665).
Tais pintores, escultores, artesãos e tapeceiros do Estado alojavam-se sob a Grande Galeria (1595) que margeia o rio, e seu agrupamento deu origem à Academia Francesa de Belas-Artes.
O esclarecimento dos reis franceses exprimiu-se na reforma de Luís 14: a antiga fortificação à beira do Sena cedeu lugar a um edifício quadrado, com grandes colunatas externas no piano nobile, ainda visíveis da praça do Louvre.
Durante o século 18, houve pressões para a abertura do acervo régio ao público. A Academia já mantinha no Louvre uma bienal de arte desde 1699.
Mas apenas com a Revolução Francesa as coleções reais foram exibidas em conjunto, com a transformação do Louvre em Museu da República, em 1793.
O século 19 adicionou alas ao palácio. Alguns locais mantêm a decoração dos tempos de Napoleão 3º. Através das janelas cobertas de rendas, entrevemos o jardim das Tulherias como uma paisagem dos impressionistas, cujos quadros encerram o desfile das idades representadas ali.

Um passeio pelo Museu do Louvre é parada obrigatória de quem vai à Paris. É um recanto que agrada tanto aos amantes da arte como às pessoas comuns que, depois de um dia passeando pelo museu torna-se um apaixonado por arte.



O museu é grandioso e une o antigo ao moderno e contemporâneo. Ao começar pela sua entrada pela Pirâmide com 21 metros de altura e 200 toneladas de vidro e vigas.Existe um robô, preparado para este fim, que se encarrega de efetuar a limpeza da pirâmide semanalmente. O prédio foi construído entre 1852 e 1857, durante Napoleão III, sendo de 1871 a 1989 o Ministério da Fazenda.




Quando se chega ao museu logo na entrada é fornecido um mapa (existe em várias línguas) para nos direcionarmos dentro do museu. Os visitantes podem seguir por três direções: Sully, Richelieu e Denon. Estas três regiões correspondem as três alas do edifício e levam os nomes de três grandes funcionários do estado: Sully (ministro da fazenda de Henry IV), Richelieu (ministro de Luis XIII) e Denon (primeiro ministro do museu central de arte durante Napoleão I. Existem também 04 níveis ( subterrâneo e do primeiro ao terceiro andar) e o mapa contém as sessões dentro do museu divididas em Antiguidades Orientais, Egípcias , Gregas, Romanas, esculturas e Louvre medieval..
Milhares de visitantes passam todos os dias e não conseguem deixar de admirar o quadro tão enigmático, onde a protagonista possue em seus lábios aquele famoso sorriso de indefinível tristeza onde temos a impressão que sua expressão muda constantemente. A modelo ficou muito tempo no mais absoluto mistério, porém , atualmente acredita-se que se trata de Lisa Gherardini, proveniente de uma família rica de mercadores e era casada com Francesco Giocondo.



Em um dia , com um bom planejamento você poderá conhecer as principais obras do museu.O endereço oficial do museu do Louvre é http://www.louvre.fr,onde você poderá fazer uma visita virtual em francês, inglês ou espanhol e poderá também adquirir ingressos para entrada no museu antecipadamente,assim como consultar o mapa do museu e a fotografia de algumas obras.



Em 2004 o Louvre iniciou um programa de expansão extra-muros, a fim de aliviar o excesso de obras depositadas no complexo principal, abrindo então alguns museus-satélite. As cidades escolhidas foram Lens, para onde está prevista a instalação de cerca de 600 obras, e em 2007 foi selecionada Abu-Dabi, nos Emirados rabes que deve inaugurar a sua sucursal do Louvre em 2012em troca de 1,3 bilhões de dólares americanos, recebendo de 200 a 300 obras de arte do Louvre e de outros museus franceses em caráter rotativo .


Contatos e Funcionamento:
Cour Napoléon, s/nº. Funciona às segundas, às sextas, aos sábados e domingos, das 9h às 18h45; e às quartas e às quintas, das 9h às 21h45; fecha às terças. Ingressos: a partir de 6; tel.: 00/ xx/33/1/4020-5317

Arte Yoruba

Museu Nacional de Belas Artes


"A coleção de Arte Africana reúne testemunhos da produção visual africana, proporcionando o conhecimento da atuação do afro-negro no Brasil. As 111 obras têm individualmente valor próprio servindo de importante apoio, que conduzirá a informações relevantes para entendimentos mais elaborados a respeito da produção material africana e, por conseguinte, a produção afro-brasileira."